31 de out. de 2008
RETALHOS: Festival de Poesia Modernista
Retalhos: A lucidez - de mim para mim mesmo
Novidade na Parada - Retalhos
Retalhos
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A nova série de textos de Fernando Lago
"A um futuro escritor, estagnado no tempo atual, tudo é aproveitável. Qualquer cantinho onde se possa dispor duas ou três letras pode se tornar uma obra prima ou só mais um fracasso na vida do escritor fracassado."
Fernando Lago 08 de Agosto de 2008
É neste sentido que inaugura-se esta novidade neste blog. Ora, no marcador "retalhos" me limitarei a publicar textos esritos paralelavulsamente em lugares indevidos, tais como trabalho, horário de aula, etc. Por que retalhos? Apesar de estes textos serem escritos geralmente em papelotes improvisados, sem nenhuma "prévia ideação" e serem totalmente espontâneos, eles inevitavelmente refletem a minha inquietação da época que são escritos e são, portanto, retalhos que, juntos, montaram essa imensa baderna que é minha vida.
Tentarei publicá-los exatamente como foram escritos, sem correção de estilo ou ortografia. E se pudesse escaniá-los-ia para que aqui viessem também sem correção de caligrafia. Mas não é preciso tanto pra se manter fiel à originalidade, não concordam?
26 de out. de 2008
Queria dizer
Azedume ireversível
25 de out. de 2008
Momentos em que nada nos resta a não ser lamentar
Seleção de algumas frases célebres (???) de Fernando Lago recentemente usada como apresentações pessoais.
18 de out. de 2008
Texto Original da Fala da Imprensa
(Um defensor das idéias de Freire entra e começa a falar aos circunstantes:
- Companheiros,
Paulo Freire em sua obra vem nos pregar o quão é importante que leiamos o mundo, e que a leitura não é apenas codificação de palavras. A leitura do mundo precede a leitura da palavra!
Ora, meus amigos! A educação é um ato político. Não há educação neutra, como dizem os aloprados que só querem ver os interesses do capital reproduzidos através da escola. A educação, nos diz Freire, nunca foi nem será neutra. Para os interesses dominantes o neutro é a reprodução dos interesses capitalistas, sem que se permita uma visão da historicidade do real. Isso lá é neutro, meus caros amigos? Esse progressismo às metades da educação formal do capital, exigido de quando em vez pela conjuntura, e que é na verdade uma ressalva apenas ao progresso tecnológico, sempre ressaltando que é importante para economia e coisa e tal... Daí eles dizem que os progressos, a imprensa, a cultura, etc Devem se dar de maneira neutra, quando na verdade estão simplesmente reproduzindo os interesses do capitalismo
Ensinar não é transferir conhecimento; é criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Não há docência sem discencia, a discência do próprio professor o leva à docência, mas ensinar exige rigoroso metódo, não deixando escapar nenhum detalhe em seus discentes, e deve despertar no educando a curiosidade e capacidade crítica, ensinar exige pesquisa, não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Ensinar exige respeito aos educandos, exige criticidade, deixar de ser ingênuo e passar a ser crítico, mas no sentido de ser curioso, seja em forma de pergunta ou não isto gera o fenômeno da aprendizagem, tudo isto acompanhado da ética e da estética porque ética e beleza andam sempre de mão dadas, ensinar exige dar vida às palavras pelo exemplo, o professor que não consegue traduzir aquilo que diz em exemplos práticos, de nada serve o que ele fala, saber quer dizer segurança no que diz. Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação, exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural, exige consciência de que nunca esta acabado e sim que tudo recomeça, exige o reconhecimento de ser condicionado, exige respeito à autonomia, exige bom senso, exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores, exige entender a realidade e não ficar alheio a ela, exige a convicção de que a mudança é possível, exige segurança, competência profissional e generosidade, exige compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, exige liberdade e autoridade, exige tomada consciente de decisões, e saber escutar que é muito importante e ser aberto ao diálogo, exige reconhecer que a educação é ideológica, exige querer bem aos educandos, e por fim exige alegria e esperança, nos homens que fazem as leis deste pais e na instituição família que apesar de tudo continua sendo um porto seguro para aqueles que não entendem e não aceitam as violências praticadas por quem tem o poder o conseqüentemente a força.
11 de out. de 2008
Texto escrito paralelamente como suplemento de "Tentando entender a Vida"
Texto Acadêmico (Pra não acharem que só escrevo abobrinha)
Por Fernando Lago Santos[1]
Istvan Mészáros, professor emérito da Universidade de Sussex, traz-nos neste “pequeno grande livro”, como bem o definem alguns críticos, uma importante abordagem sobre a nossa educação atual, que está voltada especificamente para os interesses do capital. Inicia nos apresentando três epígrafes, que enfatizam a importância do aprendizado na vida do indivíduo, além de mostrar que a própria vida é o aprendizado, não apenas a escola. As epígrafes nos dizem também que o aprendizado acontece durante toda a vida e “não pára senão com a morte”. O ensaio é dividido em quatro partes, sendo a primeira uma apresentação sucinta da lógica do capital, por meio de citações a Owen e a Smith, que propunham reformar a educação pela própria educação, o que Mészáros vai chamar de soluções formais. Na segunda parte Mészáros parte da frase de José Martí para explicar a necessidade de soluções para a educação que escapem às formalidades do Capital, como já adiantado na análise das propostas de Owen e Smith. Na terceira parte o autor aborda o caráter multifacetário da educação e a necessidade de se ver a educação para além dos muros da escola. Por fim, na quarta e última parte, ele aponta que as soluções para os problemas da educação devem vir juntamente com a transformação social, que muitas vezes é esquecida pelos profissionais, ao buscarem mudar o mundo por meio da educação.
[1] Graduando do III semestre de Pedagogia na Uneb – Dedc X
10 de out. de 2008
ou
Quero te ver
Quero te ver
Mais uma vez
Com teu sorriso de linda mulata que me fascina
Linda menina
És minha sina
Estou condenado a viver te amando pra sempre menina
Eu quero ter
Ainda outra vez
Teu aconchego na hora que o frio congelar meu corpo
Me deixas louco
Morrendo aos poucos
Quero ser teu minha deusa com cara de anjo barroco
Mas se não percebes meu padecer
Trata-me como um simples ofício
Crê, por ti eu faria
Qualquer sacrifício e usaria
Todo artifício de mestre pra conseguir sua atenção
Deusa-menina
Voz argentina
Tens a beleza de um anjo que Deus enviou para a terra
Tu me aterras
Faz uma guerra
E o teu coração traz ao meu coração a paz que tanto espera
És minha vida
És tão bonita
És infinita em teus carinhos e em teu chamego
Meu aconchego
A ti me chego
Quero te ver no Olimpo e ter por ti um amor grego
Fernando Lago Santos
06 de Dezembro de 2007
Poesia de Fernando Lago
COMO UMA LUVA
Você tem tudo aquilo que não tenho
E sabe tudo o que eu preciso ter
Me pede o que não tem e dar-te venho
E sabe me dizer o que fazer
Conhece o meu depois e o meu agora
Se sabes que te amo tanto assim
Por favor, imploro, não vá embora
Você cai como uma luva para mim.
Nós somos um pro outro com certeza
E deus te fez cruzar o meu caminho
Não posso me afastar de sua beleza
Que mesmo em multidão sinto sozinho
Eu não me acostumei com tua ausência
Te quero do meu lado eternamente
Minha vida te pertence em sua essência
Sou homem do teu amor dependente
Conhece o meu depois e o meu agora
Se sabe que te quero tanto assim,
Por favor não acabe nossa história
Você cai como uma luva para mim
Nós dois somos iguais à mão e à luva
A vida conspirou pra nos unir
Te amo e amor eterno te prometo
Há anos busco por um amor assim
Nós somos a caneta e o soneto
Você cai como uma luva para mim
Conhece o meu depois e o meu agora
Se sabe que te gosto tanto assim
Por favor, meu bem me dê a glória
De ouvir de tua boca um belo sim
Pois, meu bem, já sabe de memória
Você cai como uma luva para mim
02 - 01 - 2008