13 de jun. de 2010

Não feche o seu portão









Não feche o seu portão

Preciso me encontrar

Favor deixar entrar

Fazer uma audição

Preciso conferir

Se eu estou ai

Tenho quase certeza

Musa da beleza

Que estou residindo no seu coração


Não tente me expulsar

Que eu não vou sair

Cê não vai resistir

Meu jeito de te amar

Eu preciso, princesa

Desta sua lindeza

Me dê a sua mão

Que em seu peito-nação –

Meu principal destino – vou me exilar


Se você não sentir

Que há uma luz acesa

Me diga com clareza

“Eu não te quero aqui”

Pois o meu coração

É um grande fanfarrão

Não vai desconfiar

Se você não falar

Que já não me quer bem, que tenho que sair


Não tenho esperteza

E não vou insistir

Porém há de convir

Pra mim será surpresa

Mas eu não vou chorar

Se você não me amar

Mas não será em vão

Se meus escritos são

O jeito de expressar minha feliz tristeza


Fernando Lago – 12 de Junho de 2010


4 comentários:

  1. Nando, que lindo!!!!!!
    Eu costumo dizer que os poetas só são felizes na tristeza... no momento mais sublime de alegria as palavras saem pra bailar dentro da gente e nós as perdemos, mas qdo o choro é persistente e vence... as palavras ganham vida, ganham sentimento, forma, contorno.
    É um presente te ler! Sempre

    Gds beijos!

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  2. Muito obrigado por comentar, Nanda! Faz bastante sentido a sua teoria sobre a inspiração. rsrs

    Beijo!

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  3. A prisão é burra na essência. No coração nem ele manda! Abs meu caro.

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  4. Sábias palavras...

    Muito obrigado, Rod! Honra te ter por aqui!

    Abraço!

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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?