Foi tão séria a brincadeira que me fiz
Que eu cri que acreditava na descrença
Que a ciência que eu tinha no meu corpo
Na realidade impura de minha vida
Me fazia mais eu mesmo sem me ser
Não compreendo o que eu digo em sobriedade
O delírio do etílico não me domina
A loucura de minha mente não é química
E a sua natureza é desconhecida
Venha, Filó
Venha tomar comigo gotas de chuva ácida
Venha fazer de mim um homem sem medo de si
Venha me purificar da antagonice de ser eu
Não sendo nada, nem ninguém
Eu olho os olhos de Filó e me vejo neles
Eu que achava os olhos de Filó tão bonitos...
Fernando Lago – agosto de 2012
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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?