10 de dez. de 2008

Retalhos: Um sábado à noite.

Como disse o cantor: todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite. Eu não esperava nada. Como o meu PC estava no concerto e eu tinha o sábado monotomamente livre (tinha uns trabalhos universitários pra fazer, mas disfarça), sentei na cama, caderno e caneta em punho, a fim de começar o rascunho de um trabalho acadêmico. Obviamente não consegui. Mas acabou saindo as seguintes papagaiadas, digamos assim.

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A imagem que reflete no espelho não me agrada
Mas é assim que tem que ser
Uma vez que o Fernandinho bom e humilde não existe, pra que a manuntenção da imagem do Fernandinho bom e humilde.
Esse cafre tem que morrer!

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Queria poder culpar alguém pela dor que sinto!
Mas não posso
O único culpado é Fernando Lago
Este miserável
Este medíocre!
Esta imbecilidade que não passa de imagens!

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Amor Caminiano
Só me resta acreditar em Camim
Amor é ilusão

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Choro
Porque me fizeste chorar
Mas não te culpes
Sou um chorão

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Te amo porque te amo
E te amar é tudo que quero
E te amar me faz viver
Ah!
Não conspires pra minha morte
Deixe-me te amar enquanto posso

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Inexplicável
À burguesia                                                      
Que tu me queres?                                        
Por que te quero?                                            
À burguesia                                                    
Que tu te queres?                                           
Por que te quero?                                          

O raciocínio ideologizado 
Moto, carro, PC
À Burguesia 
Que não me quero 
Por que te quero?
Inexplicável!

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Erga a cabeça, disse Ela
Olha pra frente, disse ele
Não desanimes, disse a outra
Erga a cabeça, redisse Ela.

Todos me querem de pé
Mas deitado estou bem...

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Queria que minha inteligência
Que eu creio não existir
Existisse

E ainda que exista
Que adianta?
Sem ela nada consigo
Com ela igual resultado

Sou burro!
Mesmo sendo inteligente!

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Mal criado (como Álvaro de Campos)
Que diabo!
Deixem-me com minha tristeza
Com minha barba grande
Com minha coluna torta
E meu olhar indirecionado!

Quem tem o suficiente
Não está interessada!
Deixem-me morrer!
Ou pior: viver
Nesta tristeza que me amola...

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Viver é pior
Quando não se tem nada mais
Quando não se tem sequer
A possibilidade de alcançar algo

Viver é pior quando não se tem vida
"E prefiro morrer que perder a vida!"

"É fácil condenar quem já cumpre pena de vida!"
Absolvam-me por amor de Deus!

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Amo
Sim, eu amo!                                                  
Não há lógica pra mim!                                 
Mas eu amo. 

Queria ser partidário
Da poesia de Jorge Camin                                                
Mas infelizmente continuo tolo.
Totalmente tolo!
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Fernando Lago Santos, num rasgo produtivo de 06 de Dezembro de 2008

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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?