Arauto
Caminhava pela vida sem ter rumo
Pelos “campos verdejantes do amor”
Expressando em poemas ora amenos
Ora mal criados a bradar
Em palavras tão cobertas de horror
O horror que se tornava tão sereno
Ao lembrar que se odiava por amar
Percebeu que o amar não busca o ódio
O odiar não dá espaço para amor
Percebeu que reinventada era possível
Uma vida com amor que é amar
E Que o ódio assim surgido do amor
É fase passageira do gostar
Do ágape presente e previsível
Nessa vida não há vagas pro odiar
Caminhou pela vida em solidão
Sem um rumo que então não tinha achado
Sem companhia, a que tinha planejado
Só a frieza em seu pobre coração
Que sozinho se enxergou amargurado
Consigo e com seu triste estado
Que a todos inspirava compaixão
No entanto te encontrou e te pediu
Que presença te tornasse’ e companhia
E pediu que estivesses ao seu lado
Nesta guerra tão vivaz que ele enfrenta
O arauto te pediu que tua estadia
Em seu humilde coração seja pra sempre
Pois com menos ao seu cárdio não contenta
Caminhou ao teu lado mui feliz
Por, enfim, bela princesa encontrar
Que não obstante a sua beleza e probidade
Enxergou esse arauto decadente
Ao lado do plebeu, ora distante
Ias refazendo a estrada errante
Deste indigno cavalheiro emergente
E parou-se a contemplar o inexistente
Com insignificáveis olhares
Olhares Insignificantes
Olhares de amor e de saudade
E de paixão e de vontade
Vontade Incontrolável de te amar
Ama-te e amar-te é tão bom!
Já não pensa em amor com odiar
Já não pensa em se revolucionar
E mudar quem ele é e sempre foi
Desprezar suas qualidades e seus dons
Pra enganar-se a si mesmo e outra pessoa
Pra provar que Deus e o mundo estavam errados
Pensa doravante se esmerar
Nesse amor que só lhe faz viver
Creia, se quiseres, se não crer
Não te odiará por isso o nosso arauto
Que tão baixo e tão alto segue a vida
Só vivendo do amor que a ele dás
Fernando Lago Santos – 04 de Janeiro de 2009
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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?