Fugiu-me a poesia agora!
Fugiu!
Escapou-me pela janela
Correu pelada na avenida
Deixou-me sem rima na vida
Tentei seguir suas pegadas
Pegado numa lupa de Sherlock Holmes
Mas em asfalto seco de verão sul-baiano não ficam pegadas
(No sul da Bahia é verão todo dia)
Perguntei ao moço do salão
À linda menina do caixa da loja em liquidação
Mas nada!
Nem sinal de meu verso perdido
Quando dei por mim caminhava
Pelo centro, perto da Praça da Bíblia
Sentei no banco da praça
Olhei, busquei, cheirei
Onde estava minha poesia?
De repente uma respiração
Um sussurro em meu ouvido
Refugando tenazmente
Não
Não era minha poesia perdida
Era outra, nova poesia
Disfarçada em brisa vespertina
Brigada pela visita e pela generoridade de seu olhar!
ResponderExcluirDepois com calma passo aqui e te leio, tá?
Abraço!
Obrigado, Carolina!
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