2 de nov. de 2009

O pseudônimo

O pseudônimo

(Fernando Lago)

O assessor do deputado *** veio até mim em alvoroço com um papel impresso na mão. Era o último texto da minha coluna publicada no Jornal Virtual da região, em que eu, com outro nome pseudonimato, criticava certa atitude do seu chefe diante da reunião do plenário.

- Fernando, disse ele calmamente, quase suando, como quem não sabe como falar uma coisas que não quer falar – o deputado ficou meio chateado com seu último texto na internet...

- Com que?

- Porque você criticou ele, disse que ele era “um sujeito meio abilolado”.

Superestimando o humor do empregado da câmara, gracejei:

- Mas não fui eu, foi o meu pseudônimo!

- Ah, fez ele conformadamente.

Neste instante o deputado apareceu. Cumprimentou-me e, num riso bonachão, disse:

- Meu caro, Fernando. O senhor anda se portanto um tantinho mal, como colunista. Aquele texto que o senhor escreveu outro dia estava um tantinho assim ofensivo.

Imediatamente o assessor inteveio:

- Não foi ele, deputado, foi o empregado dele!


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