O pseudônimo
(Fernando Lago)
O assessor do deputado *** veio até mim em alvoroço com um papel impresso na mão. Era o último texto da minha coluna publicada no Jornal Virtual da região, em que eu, com outro nome pseudonimato, criticava certa atitude do seu chefe diante da reunião do plenário.
- Fernando, disse ele calmamente, quase suando, como quem não sabe como falar uma coisas que não quer falar – o deputado ficou meio chateado com seu último texto na internet...
- Com que?
- Porque você criticou ele, disse que ele era “um sujeito meio abilolado”.
Superestimando o humor do empregado da câmara, gracejei:
- Mas não fui eu, foi o meu pseudônimo!
- Ah, fez ele conformadamente.
Neste instante o deputado apareceu. Cumprimentou-me e, num riso bonachão, disse:
- Meu caro, Fernando. O senhor anda se portanto um tantinho mal, como colunista. Aquele texto que o senhor escreveu outro dia estava um tantinho assim ofensivo.
Imediatamente o assessor inteveio:
- Não foi ele, deputado, foi o empregado dele!
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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?