31 de dez. de 2009

Fernando Lago Retro 2009

Assim assim... É o que diria este jovem sobre 2009 se fosse analisar a coisa toda superficialmente. Mas em verdade, só um exame de consciência, tipo aqueles que a gente faz antes de entrar na casinha do padre[1], pra nos dar uma dimensão mais justa do que foi todo um ano.

Dir-se-á em todos os cantos: “Mas já! Passou tão rápido!” Eu não. Não me uno a esse coro simplesmente porque, depois de ter assistido à retrospectiva da danada ontem, percebi que muita coisa que eu pensava ter acontecido em 2008 aconteceu em 2009... Que coisa, não? Mas é verdade. A cada notícia a minha memória associativa[2] fazia uma associação[3] com um acontecimento pessoal em 2009. Por isso, achei-me munido das ferramentas para escrever, agora no último dia do ano, a minha retrospectiva. É certo que esquecerei de duas ou dez coisas, mas é até melhor. Eu falo/escrevo demais!

2009 começou como qualquer outro ano: em Janeiro. Comecei o ano muito feliz, fazendo poesia e tudo. A coisa tava tão séria que escrevi meu primeiro soneto, com as sílabas métricas contadinhas e tudo. Foi o único da minha “carreira” até ora. http://www.euautor.com.br/obra_mostra.asp?IDTexto=20284&idtipo=5&idcat=44

2009 foi também o ano em que o Ministério Gabriel – grupo em que iniciei minha “carreira” [4] - musical deu uma renovada, assumiu o nome de Banda Excelsis e oficializou-se como sendo da Paróquia Nossa Senhora das Graças. Além disso, foi também em 2009 que consolidou-se a nossa parceria com os cantores Léo Mantovani e Kathyane, grandes amigos e companheiros de caminhada de Mucuri/Itabatã. Foi um ano muito abençoado para a nossa caminhada musical. Foram pelo menos quatro shows acompanhando Léo; e muitos encontros e retiros (et cetera[5]) acompanhando ele e a Kathyane.

O ano de 2009 foi também o ano em que eu resolvi[6] sair do meu sedentarismo extremo-sul-baiano e dar umas viajadinhas por aí. Conheci Belo Horizonte, capital mineira; Salvador, que apesar de ser capital de meu estado eu ainda não conhecia; e, finalmente, Irecê, no sertão da Bahia. Conheci também os Assentamentos Paulo Freire, em Mucuri e Primeiro de Abril em Prado, ambos do MST. E outras cidades mais próximas daqui. Todas essas viagens foram para participar de encontros e seminários acadêmicos. Além disso, foi em 2009 que eu comecei como monitor de ensino de Educação do Campo, que me proporcionou muito crescimento e muitos aprendizados na Universidade e fora dela.

Virtualmente, 2009 foi o ano que mais “conheci” gente[7]. Resgatei um antigo perfil da NetLog, criei conta no FaceBook, adicionei contatos do site EuAutor no MSN e no Orkut... Enfim! Conversei virtualmente com gente de todo o país esse ano. Até mesmo - acredite se quiser – uma moça do Acre que jura que o Estado existe. No entanto, o acontecimento mais significativo na minha “vida” virtual esse ano foi, com toda certeza, o meu ingresso no Twitter. Resisti bravamente durante meses a mais essa tendência, sendo dia após dia cobrado - por ninguém - para criar um perfil lá. Engoli em seco: “Pra que um troço em que se escreve 140 caracteres postando futilidades do dia-a-dia, tipo ‘vou dormir, vou comer, vou cagar...’” E não criei.

No fim de setembro, percebendo a freqüência com que eu mudava os meus status emeesseênicos e orkutônicos[8] pensei: “E se eu fizer isso no tal do twitter? Além de ser revolucionário, vou poder butá pra fora todas essas besteiras que penso durante o dia-a-dia e que tenho preguiça de reunir numa postagem blogonáutica[9] no fim da noite.” No fim das contas, acabei viciando no twitter. Não por poder postar coisas não-fúteis – mas inúteis, mas por poder ver outras pessoas fazendo isso – e postando coisas fúteis também, porque faz parte, não é mesmo?

Não sigo famosos, a não ser aqueles que postam coisas interessantes. Os caras do CQC, por exemplo. Têm posts engraçadíssimos. Gente que só fica postando “To no camarim. Saí do camarim. To sentando no trono...” Não me atraem muito. Prefiro seguir um anônimo interessante que um famoso bobo![10] E é isso que tenho feito. Conheci muita gente boa através do twitter e passei a acompanhar atenciosamente o trabalho de cada um. Entre poetas, stand up comedians, humoristas, divindades (como o @OCriador), beldades, malucos, doentes e cachaceiros... Eu aprendi muita coisa. E desaprendi muito também. Mas faz parte.

Fernando Lago Santos – às 17:41 de 31 de Dezembro de 2009 (horário local).



[1] Não, não estou falando do banheiro da sacristia

[2] Seja lá isso o que for

[3] É o que se espera de qualquer coisa que seja associativa

[4] Não, não estou falando de cocaína

[5] O et Cetera engloba tudo aquilo que não sei citar, ou que não lembro agora

[6] Resolvi não; resolveram por mim

[7] A não ser que tenha algum ET contas virtuais fakes. É capaz...

[8] Que foi? A vida é a arte de inventar!

[9] Vide nota anterior

[10] Pronto, falei!

3 comentários:

  1. concordo com vc, pelo menos para mim o Twitter foi a coisa mais legal na qual ingressei esse ano! Conheci mta gente boa por lá. adoro o pouquinho de atenção que me dão e os comentários malucos rss.
    bem legal sua postagem. adorei o blog. Obrigada pela visita!
    bjss

    ResponderExcluir
  2. Brigadão, Malu! O Twitter realmente muito me surpreendeu. E você é uma das pessoas cujos posts me matam de rir...

    Brigado de novo!
    Volte sempre!

    ResponderExcluir
  3. Oi Nando, desses acontecimentos pude acompanhar a transformação do ministerio, tbm de vcs na missa da graça.....
    Bjinho ate mais

    ResponderExcluir

Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?