16 de mai. de 2010

Breves (outras) Palavras

Sou um motorista com um carro instável, motor levemente avariado, se é que exista algo levemente avariado quando se fala em motores de carro - estacionado, pensando em que decisão tomar...

Posso chamar o mecânico da esquina. É perto, mas o mecânico da esquina eu não conheço e não me sinto seguro com o serviço dele... Posso entregar-lhe meu carro e este voltar pior.

Posso entregar meu possante a outros mecânicos de outras esquinas próximas, correndo o mesmo risco, mas, enfim, meu carro vai voltar a funcionar e ele me atenderá ali mesmo, sem precisar eu forçar o motor para ir a outras oficinas mais longínquas.

No entanto, mecânico mais confiável, pelo menos pela propaganda que se faz, está do outro lado da cidade, atravessando a ponte, cruzando ruas esburacadas, passando pelo morro, logo à beira da Rodovia Federal. É bom, dizem. E parece mesmo ser bom. No entanto, quanto irei gastar? E o meu carrinho vai poder fazer toda essa viagem no estado em que se encontra? Será que seu pobre motor, já tão escafubelado, vai agüentar mais um percurso destes? Sei não... Difícil decisão...

Assim vou ficando, cada vez mais tempo estacionado... pensando no que fazer de melhor pro meu carrinho e, conseguintemente, pra mim... Dizem que, volta e meia, por aqui, passam mecânicos indo e vindo daqui e dali... Não sei... Confiar no acaso?

Indecisão... sigo estacionado... Sem movimentos...

Fernando Lago Santos – Maio de 2010

Não tentem entender o que eu quis dizer com isso, pois nada quis dizer. Segundo meu professor de Artes, a Arte não tem pensa. Será mesmo? Critérios vossos...

5 comentários:

  1. Faça um curso de mecâncico e leve sempre ferramente contigo... rs

    Tenha sempre sua "calanga, magrela", ou como prefere chamar a sua bicicleta, no porta malas (se couber), aí você pode aproveitar e participar da matatona de São Silvestre, ou São Mecânico da Estrada e dos Carros Velhos, com o dono Merecendo um Novo... rs

    Chame o reboque...(Se tiver dinheiro pra pagar), ou...

    Fique aí e espere a polícia chegar, no mínimo você pode alegar que roubou o carro, então seguirão os dois rebocados para a delegacia... depois sua mulher, ou sua filha, sua mãe ou seu pai entram na história e provam que você não goza de sua faculdades mentais, te soltam e levam o carro.

    "Não tentem entender o que eu quis dizer com isso, pois nada quis dizer. Segundo meu professor de Artes, a Arte não tem pensa. Será mesmo? Critérios vossos..."

    Será que eu levei ao pé da letra?

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  2. Tem um Selo no meu Blog para vc!!!

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  3. Rosi,
    Que viagem, hein! Huahahaha
    Mas é isso aí! Tá aí pra ser interpretado. Reparando agora, vejo que essa é a pior metáfora que já fiz em toda minha vida... mas fazer o que, né!

    Isleide,
    Muito obrigado!

    Abraços, queridas!

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  4. Gostei do texto! E acho que a gde magia de escrever tá nisso, de cada um entender e pegar pra si, aquilo de mais valioso que captou...


    Boa noite! beijos doces

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  5. Ei, Nanda! (Que nome lindo que você tem!)

    Literatura é uma arte... Livre a interpretações, às vezes. rsrsr Digo às vezes, porque às vezes nós queremos ser entendidos, o que não é o caso. Cada arte é trabalhada com uma intenção, para que se entenda uma coisa ou nada. É o que penso, pelo menos.

    Obrigado pelo comentário, querida! E pelos beijos doces. Gracia Deo ainda não sou diabético!

    Beijos

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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?