Despretensiosamente...
Como quem anda numa rua vasta sem saber aonde vai. Quebra umas esquinas,
adentra alguns becos, mas continua andando. O pior é não saber onde se vai
chegar... Minto. O pior é não saber se saberá voltar... Mas voltar pra quê?
Segue a rua, segue os
passos, o vento segue... Cegue...
Isto não é uma poesia,
meu senhor. Isto não é uma poesia! Isto não é nada... Despretensiosamente, sem
desejos e anseios, sem amores ou dores...
Afinal de contas, que é
que é isso mesmo, senão uma autometáfora quase que absolutamente metonímica? Metonímica,
metalinguística, metafórica, talvez um pouco hiperbólica, mas que importa?
Importa que já não é absoluta... Absurda!
Despretensiosamente é
que escrevo. E suponho que é assim que o leiam os poucos que aqui vieram perder
seu tempo... A estrada é longa e íngreme. Tomem seus acentos...
Janeiro de 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?