25 de out. de 2008

Momentos em que nada nos resta a não ser lamentar


Estou num desses momentos.

Talvez você seja daqueles que, como eu, sabem que as lamentações não levam a nada. Mas fazer o que? Por mais que eu saiba disso, eu insisto em lamentar. Lamento não ter dado o máximo de mim... Lamento não ter cumprido com o meu programa de intervenção social (isso é uma metáfora, viu!). Lamento não ter ouvido os conselhos daqueles que obviamente sabiam mais que eu acerca da prevenção para não se lamentar. Enfim, lamento por ter lamentado tanto quando eu podia agir que agora nada me resta a não ser lamentar. 

Vocês estão entendo o que quero dizer? Espero que não. Porque não quero que entendam. A incompreensão é uma virtude em certos casos. Sei que essa escrita que não é pra ninguém entender não serve pra p#$@§# nenhuma! Mas como disse, que diabo! Nem tudo na minha vida tem de ter um significado filosófico!

Mas voltando às lamentações, lamento ser um lamentador. Lamento ter perdido o jogo. Lamento ter ocupado meu tempo em mostrar que estava lamentando, ao invés de mostrar que estava lutando. " Plantei a semente e a deixei florescer e crescer, sem ao menos ir regá-la. A planta secou e morreu." (Fernando Lago - 2008)

Pra vcs que não entenderam desgrama nenhuma, e provavelmente estão boquiabertos com esse meu novo estilo enérgico e libertário de escrever, perdoem-me. É melhor que continuem na ignorância e desconsiderem este texto, a não ser pela linguagem livre, que é uma novidade em mim, e pelo estilo literário que espero não tenha perdido, ou pelo menos tenha adquirido algum dia. Ou, se preferirem, desconsiderem todo ele. Nada tem de valor pra leitores. Como disse, escrevi-o mais para ter um registro dos meus pensamentos, pois algum dia eu irei relê-los e dizer: "como eu era ingênuo!", ou "como eu escrevia bem na época" ou "se na época eu não escrevia e não escrevo agora, eu nunca irei escrever."

Aos que entenderam - e espero sejam apenas dois ou três ou, quem sabe, uma única pessoa, pois espero que pelo menos uma pessoa leia esse treco, né - eu reafirmo que é isso mesmo. Por mais que eu odeie lamentar lamento. Sou assim! Contraditório mesmo! Antagônico a mim mesmo! E quem não gostar que se exploda! Surge uma nova era na vida literária de Fernando Lago.

                                                              24 de Outubro de 2008

Um comentário:

  1. Lembrei-me de Clarice Lipector:
    "Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

    Por estranho que pareça (ou não) eu entendi (eu acho), só sei que apartir de hoje irei lutar em vez de lamentar...

    Apaixonei com a frase:
    "Lamento ter ocupado meu tempo em mostrar que estava lamentando, ao invés de mostrar que estava lutando. "


    A cada dia o blog está ficando melhor, continue assim.
    (fico até sem graça te elogiando)

    Tamu junto

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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?