13 de nov. de 2008

Poesia à amiga de minha amiga


Que me resta se não esqueço?
Que me resta se me lembro
Só de pensar em esquecer
Desespero e enlouqueço

Não dá!
Não dá!
Não seja tão imbecil!
Desculpe a sinceridade...

Você, moça séria
Já deveria saber
Que um amor como o de tua amiga
Não se esquece facilmente

E te digo sinceramente
Que nem sei o que fazer
Talvez seguir o teu conselho,
Amiga de minha amiga
E de minha outra amiga
Que, tu sabes, me merece
Mas tu já me conheces
e sabe que não dá

Não dá!
Não dá!
Não seja tão imbecil
Perdoa a franqueza
Não dá!

Saiba que o amor de sua amiga foi incrivelmente contraditório
Incrivelmente inintendível
Injusto em sua justiça controversa...
Não foi justo, porém não foi vão.

Só seria justo se não deixasse marcas
Só seria vão se não deixasse marcas
Não seria nada sem as marcas...

Foi tudo.
E só o foi porque deixou marcas
Dolorosas e doces marcas...

Fernando Lago Santos - Novembro de 2008

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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?