Pintura
Quando vi-te estavas sentada
O olhar fito no horizonte
E vista assim pensativa
Parecias uma obra de arte
Da Vinci ou algo melhor
(Já sei! O maior dos artistas!)
O contraste do ambiente
Em que tu tão bela estavas
Era incomensurável
O gramado era verde
O céu azul anil
Teu quase-rir davincciano
Envolvia com doçura
Indescritivelmente forte
Quem se aventurava a olhar
A grama, as árvores, a brisa
O céu azul e os pássaros
Tudo contribuía
Para a beleza do quadro
Porém o verde do gramado
Não era mais belo
Ou mesmo mais brilhante
Que o verde dos teus olhos
E nem se prestava à disputa
Pois se conhecia derrotado
A beleza da pintura
Centralizava-se em ti.
Quem me dera quem me dera!
Ter quadro tão precioso
Em minha indigna coleção
Poder-se-ia tirar a grama
Poder-se-ia tirar o céu
As árvores e a brisa
(Que teus cabelos são belos ainda sem balançar)
Dava-se-me apenas tu
E eu ficaria contente
Ou mesmo realizado
Até bem aventurado...
Fernando Lago Santos – 19 de Dezembro de 2008
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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?