25 de dez. de 2008

Pintura

Pintura 

Quando vi-te estavas sentada

O olhar fito no horizonte

E vista assim pensativa

Parecias uma obra de arte

Da Vinci ou algo melhor

(Já sei! O maior dos artistas!)

 

O contraste do ambiente

Em que tu tão bela estavas

Era incomensurável

O gramado era verde

O céu azul anil

Teu quase-rir davincciano

Envolvia com doçura

Indescritivelmente forte

Quem se aventurava a olhar

 

A grama, as árvores, a brisa

O céu azul e os pássaros

Tudo contribuía

Para a beleza do quadro

 

Porém o verde do gramado

Não era mais belo

Ou mesmo mais brilhante

Que o verde dos teus olhos

E nem se prestava à disputa

Pois se conhecia derrotado

A beleza da pintura

Centralizava-se em ti.

 

Quem me dera quem me dera!

Ter quadro tão precioso

Em minha indigna coleção

 

Poder-se-ia tirar a grama

Poder-se-ia tirar o céu

As árvores e a brisa

(Que teus cabelos são belos ainda sem balançar)

Dava-se-me apenas tu

E eu ficaria contente

Ou mesmo realizado

Até bem aventurado...

 

Fernando Lago Santos – 19 de Dezembro de 2008

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