Eu queria que a mão do amor
Um dia trançasse
Os fios do nosso destino
(Roque Ferreira)
A poesia é
Para nós como uma linha
Coseu minha alma à sua
Como quem costura um
vestido
Pra moça donzela bailar
E vai a agulha furando
Os pontos do nosso destino
Tão lentas e tão pacientes
Agulha e linha trabalham
Numa lentidão suportável
Bordando as primeiras
letras
Do meu nome e do seu
Poesia de dor da agulha
Trespassando a nossa pele
Poesia de alívio da linha
Unindo minha alma e a sua
Fazendo-nos uma só peça
De tecido colorido
Amanhã tem baile dançante
E desfilaremos, um só
No corpo da bailarina
Novembro de 2011
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Pode se jogar, mas não esqueça a sua bóia, viu?