(A história da vila onde nasci)
O mar estava calmo... Poderia estar bravio também, mas eu achei melhor que ele estivesse calmo e, portanto, digo que estava calmo, ora bolas![1] Uma esquadra de quatro, ou cinco, ou seis caravelas – eu não sei bem ao certo, porque não sou muito bom das aritméticas – mas certo é que vinha a tal esquadra.
Foi lá pelo dia 22 de Abril que Cabral e sua tripulação desembarcaram no nosso litoral para, enfim descobrir o Brasil,[2] que na época ainda não era Brasil.
Cabral e Caminha quiseram logo fazer as médias com o nosso pessoal:
- E aí, nativos – disse Cabral[3] - Como vivem a cá nesta ilhota?
- Vive muito bain – disse Caminha – mar, sol, índias peladas...
- É maravilha eshta ilha!
- E cês tão achano qui ta in ilha, é?[4]
- E não? Pois pois, estamos onde, ó pá?
- Pindorama, oxente!
- PINDORAMA??? – Perguntaram os lusitanos em coro[5]
- É!
- E, nativo, que quer dizer tal palavra cá em minha língua?
- Lá ele! Eu sei lá de língua de homi! Inda mais barbado assim!
- Quis dizeire: que significa, ó raios!?
- Oxe, portuga! É Terra das Palmeiras!
[1] Percebe-se que o compromisso com a verdade não era muito a minha praia quando comecei a escrever (e agora?)
[2] Dizem as más línguas que na verdade ele queria descobrir as Índias – e vê-las peladas...
[3] Você imagina o Cabral falando “E aí”? Eu imaginei...
[4] Sempre achei o baianês (o puro) intrigante...
[5] Como se fossem personagens de sitcom
UAHAHAHAH!!!
ResponderExcluir"Poderia estar bravio também, mas eu achei melhor que ele estivesse calmo e, portanto, digo que estava calmo, ora bolas!"
Adorei essa parte, pra mim foi a melhor!!!
Vc tem controle do texto - ele eé teu, eo gosto disso!
Grande abraço!!!
Eu tento...
ResponderExcluirValeu Diego!
Abração!
Você é meu autor favorito da net!
ResponderExcluirQue bom ouvir isso Diane!
ResponderExcluirObrigado pela visita! Volte sempre!
(desculpa aí não oferecer um drink, um Whisky ou mesmo um cafezinho. A casa anda meio pobre ultimamente)